Total de versículos 1070
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24 - Ainda que fuja das armas de ferro, o arco de bronze o atravessará.
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25 - Desembainhará a espada que sairá do seu corpo, e resplandecendo virá do seu fel; e haverá sobre ele assombros.
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26 - Toda a escuridão se ocultará nos seus esconderijos; um fogo não assoprado o consumirá, irá mal com o que ficar na sua tenda.
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27 - Os céus manifestarão a sua iniqüidade; e a terra se levantará contra ele.
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28 - As riquezas de sua casa serão transportadas; no dia da sua ira todas se derramarão.
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29 - Esta, da parte de Deus, é a porção do homem ímpio; esta é a herança que Deus lhe decretou.
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21
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1 - RESPONDEU, porém, Jó, dizendo:
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2 - Ouvi atentamente as minhas razões; e isto vos sirva de consolação.
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3 - Sofrei-me, e eu falarei; e havendo eu falado, zombai.
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4 - Porventura eu me queixo de algum homem? Porém, ainda que assim fosse, por que não se angustiaria o meu espírito?
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5 - Olhai para mim, e pasmai; e ponde a mão sobre a boca.
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6 - Porque, quando me lembro disto me perturbo, e a minha carne é sobressaltada de horror.
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7 - Por que razão vivem os ímpios, envelhecem, e ainda se robustecem em poder?
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8 - A sua descendência se estabelece com eles perante a sua face; e os seus renovos perante os seus olhos.
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9 - As suas casas têm paz, sem temor; e a vara de Deus não está sobre eles.
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10 - O seu touro gera, e não falha; pare a sua vaca, e não aborta.
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11 - Fazem sair as suas crianças, como a um rebanho, e seus filhos andam saltando.
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12 - Levantam a voz, ao som do tamboril e da harpa, e alegram-se ao som do órgão.
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13 - Na prosperidade gastam os seus dias, e num momento descem à sepultura.
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14 - E, todavia, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos.
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15 - Quem é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?
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16 - Vede, porém, que a prosperidade não está nas mãos deles; esteja longe de mim o conselho dos ímpios!
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17 - Quantas vezes sucede que se apaga a lâmpada dos ímpios, e lhes sobrevém a sua destruição? E Deus na sua ira lhes reparte dores!
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18 - Porque são como a palha diante do vento, e como a pragana, que arrebata o redemoinho.
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19 - Deus guarda a sua violência para seus filhos, e dá-lhe o pago, para que o conheça.
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20 - Seus olhos verão a sua ruína, e ele beberá do furor do Todo-Poderoso.
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21 - Por que, que prazer teria na sua casa, depois de morto, cortando-se-lhe o número dos seus meses?
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22 - Porventura a Deus se ensinaria ciência, a ele que julga os excelsos?
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23 - Um morre na força da sua plenitude, estando inteiramente sossegado e tranqüilo.
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24 - Com seus baldes cheios de leite, e a medula dos seus ossos umedecida.
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25 - E outro, ao contrário, morre na amargura do seu coração, não havendo provado do bem.
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26 - Juntamente jazem no pó, e os vermes os cobrem.
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27 - Eis que conheço bem os vossos pensamentos; e os maus intentos com que injustamente me fazeis violência.
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28 - Porque direis: Onde está a casa do príncipe, e onde a tenda em que moravam os ímpios?
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29 - Porventura não perguntastes aos que passam pelo caminho, e não conheceis os seus sinais,
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30 - Que o mau é preservado para o dia da destruição; e arrebatado no dia do furor?
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31 - Quem acusará diante dele o seu caminho, e quem lhe dará o pago do que faz?
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32 - Finalmente é levado à sepultura, e vigiam-lhe o túmulo.
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33 - Os torrões do vale lhe são doces, e o seguirão todos os homens; e adiante dele foram inumeráveis.
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34 - Como, pois, me consolais com vaidade? Pois nas vossas respostas ainda resta a transgressão.
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